quinta-feira, 24 de março de 2011

Pensamentando com música : somente sentir à princípio, depois refletir. (DEPENDÊNCIA EMOCIONAL)






A chi sorriderò, se non a te?
A chi, se tu, tu non sei più qui?
Ormai, è finita è finita tra di noi
Ma forse un po' della mia vita
È rimasta negli occhi tuoi!
A chi io parlerò, se non a te?
A chi racconterò tutti i sogni miei?
Lo sai, mi hai fatto male lasciandomi solo così
Ma non importa, io ti aspetterò!
A chi io parlerò, se non a te?
A chi racconterò tutti i sogni miei?
Lo sai, mi hai fatto male lasciandomi solo così
Ma non importa, io ti aspetterò!
A Chi (tradução) Fausto Leali Revisar tradução Cancelar A Quem
sorrirei se não a ti.
A Quem
se tu, tu não estás mais aqui.

Enfim acabou
acabou, entre nós.
Mas quiçá um pouco da minha vida
restou nos teus olhos.

A quem
eu falarei, se não a ti.
A quem
contarei todos os meus sonhos.

O sabes, me tens feito mal
deixando-me só assim.
Mas não importa,
eu te esperarei.

A quem
eu falarei, se não a ti.
A quem
contarei todos os meus sonhos.

O sabes, me tens feito mal
deixando-me só assim,
Mas não importa,
eu te esperarei.
A musicabilidade invade ...
Recebi o vídeo ... e repasso a quem me acompanha ...
Tocante, "sentinte" ..rsss ...
E penso, pra variar, penso ...
Quantas pessoas ficam na pendência de retornos de outras.
Como diz a canção:"mas não importa ...eu te esperarei"
Duas ou uma!!!
Ou é submissão,prisão ao outro ,inconsciente...(Debilidades emocionais)
Ou, insanidade!(Se escolha.)
Há quem passe toda a vida na espera de atitudes alheias ...esquecendo-se dos poderes das suas.
Masoquistas?
Sonhadores?
Idealistas?
Platonicistas?
EM 2011? Século XXI?
Aiaiaiaiaiii...viu?!
Mas o emocional é particularidade!
Doentio, neste caso?
Deixarei aqui um texto reflexivo.

Dependencia Emocional - " O amor é cego"




A dependência emocional é um tipo de patologia emocional e de relacionamentos, recentemente descrita por estudiosos do comportamento humano nos EUA. È uma experiência comportamental patológica alteradora o estado de humor.

Este designação faz parte do jargão do meio profissional que é incompreensível para as pessoas que se encontram fora desta actividade e incoerente para alguns que trabalham nesta área. Todavia, considero mais importante observarmos o significado desta patologia que afecta milhares de homens e mulheres.

Todos nós, seres humanos, precisamos de criar e desenvolver vários tipos de elos/ligações com os outros. Somos seres gregários. Precisamos de relações amorosas, criar vínculos, laços e de pertença. Contudo, surge um serio problema quando esses vínculos e laços se tornam padrões disfuncionais repetitivos de insatisfação, insegurança, infelicidade e rejeição, de vergonha e culpa, baixa auto estima, isolamento, raiva e ressentimento e dependência.

Isto significa que o amor levado a um extremo poderá conduzir ao sofrimento e desgoverno a que podemos designar de dependência emocional – “o amor é cego”. Por vezes, abusamos da palavra/conceito amor. A nossa cultura/sociedade reforça a crença disfuncional de que devemos procurar a felicidade “mágica” no amor-paixão.

Consideramos perfeitamente natural que a exaltação amorosa seja o tema principal na literatura, no espectáculo, na canção. Somos constantemente bombardeados, através dos media, por promessas de uma relação apaixonada que nos trará satisfação e realização. Para onde quer que olhemos assistimos a telenovelas, programas de televisão, revistas, romances, anúncios que apelam às nossas emoções (à imaginação, ao sonho, á sedução e sensualidade) e às relações perfeitas e fáceis.

Quase que dependemos dos relacionamentos de “sucesso” para conseguimos um propósito e sentido na vida.

O amor apaixonado é aquilo que alguém sente geralmente por um parceiro/a impossível. De facto, é exactamente por ser impossível que existe tanta paixão. Para que exista a paixão, tem de se verificar uma luta continua, têm de existir obstáculos a ultrapassar e um desejo de obter mais do que é oferecido. Literalmente, paixão significa sofrimento, e frequentemente, quanto maior é o sofrimento maior é a paixão. A prioridade e a razão da felicidade gira em torno da conquista, da sedução, do romance, do flirt, do sexo. A intensidade emocional de um caso de amor apaixonado não é comparável ao conforto mais subtil, de uma relacionamento estável e empenhado. Assim se o parceiro/a, finalmente, recebesse por parte do alvo da sua paixão que tão ardentemente desejava, o sofrimento terminaria e a paixão em breve se esfumaria. Nessa altura, provavelmente iria deixar de gostar dessa pessoa, porque a magoa doce-amarga teria desaparecido.


A nossa sociedade prepara-nos para o desafio da vida de nos tornar-mos livres, autónomos e espirituais sem ser a “custa” de outra pessoa/, parceiro/a ou coisas materiais?

A nossa tradição ocidental de amar e de ser amado é na minha perspectiva um conceito ultrapassado e disfuncional que promove a dependência emocional. Vivemos para a posse das coisas (materiais) e de poder sobre os outros. Aprendemos que ser homem é reprimir sentimentos e ser “duro” (macho) as únicas emoções permitidas são a raiva, a excitação e o desejo sexual. Quando o homem se sente embaraçado, inseguro e triste sente-se inadequado e zangado. Ser mulher é agradar, ser submissa, é saber satisfazer e adaptar-se ao parceiro. Por vezes, é a mulher que se preocupa em comunicar e zela pela “saúde” da relação.
Tanto os homens como as mulheres sofrem nas relações amorosas. Como o homem e a mulher são diferentes aprendemos erradamente que as diferenças significam desigualdade, incompatibilidade, competição exacerbada e afastamento.

Os dependentes emocionais são pessoas reactivas. Sobre-reagem ou sub-reagem, mas raramente agem. Reagem aos problemas, sofrimento e comportamentos dos outros. Reagem aos seus próprios problemas, dor e comportamentos. Muitos comportamentos impulsivos são reacções ao stress e à incerteza de viver ou crescer. Não é necessariamente, anormal , mas é heróico e pode salvar a vida saber como não reagir e actuar de formas mais saudáveis e construtivas. Porem a maioria precisa de aprender a fazê-lo.

Na dependência emocional uma das razões pela quais este tipo de problema é uma realidade é ser progressivo, isto é, á medida que as pessoas à nossa volta ficam mais disfuncionais podemos começar a reagir de forma mais intensa. O que começou com uma pequena preocupação pode desencadear isolamento, depressão, doença física e ou emocional e ou fantasias suicidas. Uma coisa conduz á outra e as coisas pioram. Na minha experiência profissional, alguns pacientes referem que quando as coisas não resultam nas relações sentem-se deprimidos, desorientados e confusos. Muitos comportamentos destrutivos e disfuncionais nas relações tornam-se hábitos (padrões), adquirem uma vida-própria. È um sistema característico de pensar, de sentir e de agir em relação a nós próprios e aos outros que gera sofrimento. Reagimos frequentemente ás pessoas que se auto-destroem, aprendendo a autodestruir-nos. Estes hábitos podem conduzir ou mantermo-nos em relações que não funcionam. Estes comportamentos podem sabotar os relacionamentos, que de outro modo podiam funcionar. Impedem-nos de encontrar a paz e a felicidade, com as pessoas mais importantes – nós próprios.



Algumas características de dependência emocional


Viver em função da própria relação. Não restam energias para outros compromissos.

Limites débeis nas fronteiras do ego. (A noção errada de que os dois devem ser um).

Abuso físico e/ou emocional.

Após a perda do amor ficam incapazes de terminar a relação.

Medo de tomar risco saudáveis e resistência exacerbada à mudança. Sente-se ameaçados.

Limitados na evolução/desenvolvimento individual.

A verdadeira intimidade é percepcionada como uma ameaça. Sente-se exposto e vulnerável.

Representação de jogos psicológicos (a relação é um palco de representações) – vitima, salvador e perseguidor.

Falta de espontaneidade na troca de afectos – “Só dou se receber em troca”

Focar-se nos outros e naquilo que eles precisam de mudar.

Depender dos outros para se sentir completo, seguro e equilibrado.

Procurar “milagres” externos para resolver problemas na relação – Ainda acreditam no Pai Natal e/ou na cegonha e o recém nascido?


Desenvolver expectativas irreais (exigências) de receber amor incondicional. “Se eu sofrer por ti, amas-me?”


Assumir uma atitude de auto-controlo e recusa de compromisso na relação. – “È mais confortável rejeitar do que ser rejeitado.”

Depender dos outros quanto à própria auto-afirmação e vigor

Sentimentos de abandono, solidão e extrema insegurança na relação.

Antecipar situações catastróficas e negativas (ansiedade, depressão, excitação, culpa e baixa auto-estima).

Evitar aquilo que tememos, por ex. medo da intimidade.

Esperar que o parceiro/a adivinhe, bem como, seja o responsável pelo bem estar do outro (necessidades, sentimentos, dificuldades)

Comportamentos manipuladores/controle (jogos de poder) de forma a manter a desigualdade na relação. “A melhor defesa é o ataque.”

Segundo Greenberg e Bornstein (1988b) um indivíduo com orientação de personalidade dependente encontra-se em risco para variadas condições psicopatológicas, inclusive depressão, alcoolismo, obesidade e dependência do tabaco.

“As relações são como uma dança, com energia visível a correr de uma parceiro para o outro. Algumas relações são uma dança de morte lenta e obscura.” Colette Dowling

“Não é correndo atras do amor que o encontramos; basta abrir o nosso coração e encontrar-lo-emos dentro de nós “ Charlotte D. Kasl



Como recuperar da dependência emocional


Não existe uma solução magica para este tipo de patologia. Não existe um medicamento. Acredito que a recuperação seja um processo de avanços e recuos graduais e constantes. Recordo vários casos que acompanho cujas pessoas procuram, de uma forma genuína, viver segundo padrões saudáveis e construtivos todavia longe daquilo que é a “perfeição”.
Aprende-se a desenvolver competências cognitivas (informação/consciência) que aumente a motivação para a mudança/acção com o apoio pessoas significativas/profissionais de confiança. Aprenda a perdoar-se através de caminhos espirituais. È importante centrar-se no positivo e largar a rigidez de pensamento. Conheça e examine honestamente a sua historia pessoal, as crenças e os mitos e os medos.


Faça meditação e oração.


Faça exercício físico


Escreva diários


Pratique leitura sobre o tema


Aprenda a desfrutar de estar na sua própria companhia


Aprecie o contacto com a natureza.


Aprecie e pratique hobbies (pintura, musica, jardinagem, voluntariado, etc.)


Faça afirmações positivas diárias (Eu sou uma pessoa..................)


Envolva-se com pessoas positivas e autenticas.


Frequente grupos de auto-ajuda


“Juntos conseguimos aquilo que sozinhos não fomos capazes”
Referencias:Norwood, Robin “Mulheres que amam demais” Editora sinais de fogo; Beattie, Melody “Vencer a codependência “ Editora sinais de fogo; Scheaffer, Brenda “Será amor ou dependência?” Editora bizâncio ; Carnes, Patrick “Out of the shadows” Hazelden, Pauwels, Louis “Aprendizagem da Serenidade” Verbo



 




publicado por João Alexandre Rodrigues

Esperando sempre ser colaboradora,

Tata Junq


quarta-feira, 23 de março de 2011

RECONSTRUIR A DESCONSTRUÇÃO.(FAÇAMOS NOSSAS PARTES!!!)



Abri a janela. Vi vizinhos descontentes, outros colocando mais madeiramentos obtidos nas ruas, junto os papelões...
Lixo! Casas de lixo! Lixo reaproveitado de uma sociedade consumista e vezes cruel. Quem espreita estas dores? Seus amores ou falta de?
Hoje abri a janela prô mundinho tão próximo. Vi crianças remelentas, quase nuas.Vi cachorros de barrigas gordas de vermes. Vi olhares de desdéns, outros de revoltas, outros pidonhos. Vi sujeiras dos espaços ocupados... garrafas vazias, papéis, papelões, roupas rasgadas e sujas, cachimbos de crack...Não vi sorrisos ... só pressas e indolências, contrastantes.
Não vejo almas, nem corações _vejo que vejo somente seres robotizados, na corrida desenfreada do dia- a-dia, que parece tão claro e normal. Vejo jovens, homens, mulheres ... saídos de transes, gerados por consumo de crack, álcool, maconha ... colas ... tudo puro prazer e posterior, dor. E ...o corre-corre dos trombadinhas, seus arrastões , também.
Vejo um beco, literalmente. Sem saídas.
A vida caminha com ou sem faltas de pernas ... rápida.
Quantas janelas fechadas, no entanto.
Quantas janelas que só proporcionam olhares ao horizonte. Quantas internas, voltadas aos seus próprios interesses?
Deixo a luz entrar pela janela, com pesares e também com algumas esperanças : de dias, de governo, sociedade, melhorados.
Quero, não posso ou devo fechar esta janela _ minha consciência.
Abrindo janelas, por favor?!
Depois fazendo sua parte, sim?!
Lembrete urgente : Reconstruir a desconstrução.

Tata Junq

CONVITE AO ABRAÇO.(SOMENTE QUESTÃO DO QUERER E FAZER) ABRACEMOS CAUSAS! HÁ UM IRMÃO LÁ FORA EM PRECISÃO! HÁ UM DEPENDENTE...DOIS, TRES ...MIL ...e ...


Já viu e ouviu o crepitar da madeira, queimando no fogo alto? Já sentiu o calor que emana do fogo contrastando com o frio da madrugada? Já sentiu o calor de um abraço? É madeira queimando, quebrando o frio. É também aconchego necessário, contrastando com o frio da madrugada. Estar em abraços, são minutos de solidez de sentimento, de agradáveis momentos de amar.
Quero abraçar o Mundo, a todos.
Hoje, quero abraçar todas as crianças em abandono ... e com o calor emanado de meus braços, acalentá-las no frio da madrugada ...
Por quê?
Porque perambulo em pensamentos ... e ando nas ruas e espreito cada esquina. Meu olhar se perde na dor.
Quero abraçá-los, agora ... um a um. Quero que meu olhar penetre e distribua carinhos, sem palavras ... e, no meu abraço dizer que não estão sozinhas.
No mar-de-meus pensamentos, tudo pode.
Então, por hoje as retirarei das ruas, alimentando seus corpos e almas.
Só por hoje, posso.
Abraço a dor, da falta de amor.

Tata Junq

terça-feira, 22 de março de 2011

NO FUNDO DO POÇO.


No fundo do poço, água.
No fundo do poço, o jovem que se deixou levar pelo prazer das drogas lícitas e ilícitas.
Quem vai resgatá-lo? Bombeiros? Família?
No fundo do poço, o jovem ...
Lamento tanto sofrimento, prazer e dor.
Lamento, a falta de amor : próprio.
Rezo para cada um, nesse momento.
Peço por cada um, nesse momento. Que a dor, passe. Que a angústia, passe. Que o prazer-doido e doído, passe. Que a vontade do uso desses prazeres, seja superada. Que a vontade de viver, seja resgatada.
Que a mão do amor alcance cada um, como faria um bombeiro hábil, que desce o poço.
Que a mão de amor paire sobre sua cabeça ...e num afago, sem preço, levante a moral e dignifique sua inquietante vida.
Por hoje ...
Por hoje, abstinências ... sem desistências ...
Amém.


Tata Junq

sexta-feira, 4 de março de 2011

DEPENDÊNCIA EMOCIONAL

Perguntas e Respostas sobre DEPENDÊNCIA EMOCIONAL
(entrevista cedida a Jornalista Regiane Monteiro)

Por Rita Maria Brudniewski Granato - ritagranato@ritagranato.psc.br





1 - Mini currículo
Rita Maria Brudniewski Granato. 55 anos. Psicóloga Clínica Exerço a maior parte de minhas atividades em consultório particular, no Rio de Janeiro, Barra da Tijuca.
Sou Psicóloga Clínica há mais de 30 anos, com formação Psicanalítica e com especializações nas áreas de Psicologia Clinica, Hipnose e Terapia Floral. Escrevo artigos para revistas eletrônicas e sites (ex: www. somostodosum.com.br ).

2 - O que é dependência emocional?

É um padrão persistente de necessidades emocionais insatisfeitas, vindas da infância,que tentam se satisfazer desadaptativamente com outras pessoas

3 - Como saber se o sentimento representa apenas sinais de afeto e carência ou se transformou em dependência emocional?

Suas relações são exclusivas e “parasitárias”. A necessidade do par, ou do amigo, filho, etc. é realmente uma dependência ,como se produz nas pessoas que usam drogas,o que gera no outro um sentimento de ser invadido ou absorvido. O dependente quer dispor continuamente da presença da outra pessoa como se estivesse “enganchado” a ela. Procurará continuamente ao seu par no trabalho, pedindo que renuncie sua vida privada para que estejam mais tempo juntos, demandando sempre a ela atenção exclusiva e sempre lhe parecerá insuficiente. Esta possessão ou domínio é uma tremenda necessidade de afetiva


4 - Existem tipos de dependência emocional? Quais seriam eles?

Não existem tipos de dependência e sim uma variação no grau desta dependência, isto é podem existir qualidades diferentes de dependência e não quantidades. Quem é dependente emocional o é.

5 - Quais as atitudes que sinalizam dependência emocional por parte da mulher?

Tanto na mulher como no Homem as características são as mesmas. Aqui exporei algumas:
a) Necessidade excessiva de aprovação pelos demais
b) Gostam de relações exclusivas e parasitárias
c) Seu desejo de ter um parceiro é exageradamente grande
d) Geralmente adota posições assimétricas nas relações, como a subordinação
e) Essa subordinação é uma forma de controle do outro, se dá para receber, assim acha que manter a relação.
f) Não consegue preencher o seu vazio interior com a relação, apenas o atenua.
g) O fim da relação se torna um verdadeiro trauma, logo procura outro parceiro com o mesmo ímpeto



6 - Qual é o perfil de mulher que ama demais?

A mulher que ama demais esta acostumada com aspectos e comportamentos negativos, e ela estará mais confortável com eles que com seus opostos. Ela terá os mesmos sentimentos e enfrentará os mesmos desafios que encontrou ao crescer: ela é capaz de reproduzir a já tão conhecida atmosfera da infância e usar os mesmos artifícios nos quais tem tanta prática. Mesmo que seu comportamento não seja correto e que seus sentimentos sejam desconfortáveis, é o que ela conhece melhor. Ela tem aquela sensação de pertencer ao homem que a permite, como sua parceira, dançar o que ela conhece melhor. È com ele que decide tentar fazer o relacionamento dar certo, reeditando um relacionamento destrutivo. Restabelecendo e experimentando novamente relacionamentos infelizes, numa tentativa de torná-los controláveis, para dominá-los.

7 - Qual a origem do problema?

Na literatura cientifica, os fatores ambientais são a condição necessária para o desenvolvimento da dependência emocional. Para vários autores e correntes psicológicas, as experiências infantis fazem um papel transcendental na constituição psicológica do individuo.
As primeiras experiências afetivas de um dependente emocional na maioria dos casos foram frustrantes, insatisfatórias, frias, menos preciadoras, etc. Os dependentes não foram, em sua maioria, adequadamente queridos e valorizados por pessoas significativas. Conseqüentemente estas primeiras experiências formaram no individuo esquemas cognitivos e emocionais , como: pobre auto conceito, idealização dos “objetos” amorosos , a busca das necessidades insatisfeitas nesses “objetos”, a submissão como estratégia para evitar o abandono, a idéia do amor como apego obsessivo e a admiração excessiva no lugar de um intercambio de afeto, etc.






8 - Há cura para a dependência emocional? Qual seria a solução?

Em minha experiência clínica e na literatura pode-se dizer que há uma recuperação de um dependente emocional. Não falaria em cura, pois podem haver recaídas. É necessário um trabalho constante e persistente, tem de existir um compromisso total com ele mesmo, com sua recuperação. Eu recomendaria para essa recuperação Psicoterapia, Grupo de Auto Ajuda (MADA, CODA, etc.), literatura, Terapia Floral e se necessário medicação alopática, através do atendimento de um Psiquiatra.
Recomendo também o livro “Mulheres que amam demais” Como vencer sua dependência do homem errado e mudar para melhor. Robin Norwood.

9 - O que fazer quando se é vítima de um dependente emocional?

Quando você é “vitima” de um dependente emocional, pode ser que você também seja um dependente, pois parece ter medo da mudança, de renunciar. Não acredito que exista vitimas de algo ou de alguém, e sim escolhas de ficar ou não em qualquer relação. Essa “vitima” tem de se conhecer melhor também, quem sabe até fazer um acompanhamento psicológico também.





10 - O que é o amor saudável?

Esta pergunta é muito complexa, é tema para congressos e muitos livros, mas colocarei algumas características: companheirismo, valores, interesses e objetos básicos em comum. Tolerância as diferenças individuais, confiança e respeito mutuo. Ser no relacionamento mais inteiramente expressivo, produtivo e criativo. Experiências são compartilhadas com alegria. Há uma construção e não uma destruição. Sentimentos relacionados : Serenidade,Coragem, Sabedoria.


11 - Considerações finais.
Erich Fromm escreveu: “SE UM INDIVIDUO É CAPAZ DE AMAR DE MODO PRODUTIVO, ELE SE AMA TAMBÉM; SE CONSEGUE AMAR APENAS OS OUTROS, NÃO CONSEGUE AMAR DE MODO NENHUM” (Livro: “A arte de amar”).

Infelizmente, a grande maioria de pessoas optará por continuar praticando o vício de amar demais, procurando pelo parceiro mágico que as fará felizes, como um usuário de drogas, ou aperfeiçoar o parceiro com quem estão.
Parece muito mais fácil e familiar continuar procurando por uma fonte de felicidade fora de si mesmo do que praticar a disciplina que se requer para construir os próprios recursos internos, do que aprender a preencher o vazio de dentro, ao invés do vazio de fora. Mas para vocês espertos o bastante, esgotados, desesperados para quererem melhorar, ao invés de consertar o parceiro com quem estão ou encontrarem outro, para aqueles que realmente querem se MODIFICAR existe todo um trabalho a ser feito. É trabalhoso recuperar-se de uma dependência emocional como é recuperar-se de uma dependência química (de drogas e álcool) Mas essa recuperação pode ser muito importante a ponto de decidir entre a vida e a morte.
Este é um tema bastante complexo, aqui coloquei parte somente. Dedico-me a esse tema, pois percebo a necessidade de conscientizar e até às vezes aliviar determinadas pessoas que desconhecem que amar demais é uma patologia e que pode destruir por completo suas vidas.


Dra. Rita Granato
Psicóloga Clínica

"VER É IRREVERSÍVEL" (Clarice Lispector)

"VER É IRREVERSÍVEL" (Clarice Lispector)

" VER É IRREVERSÍVEL" ( Clarice Lispector)

CO-DEPENDÊNCIA. (SUGESTÕES)

"Eu estava determinado a não abandoná-la, não importa o que ela fizesse. Um dia, eu percebi que ao invés disso, eu tinha abandonado a mim."


(fonte: trecho extraído do livro Stop Walking on Eggshells)


Aproveitei essa citação ... que encontrei registrada em REFLEXÕES BORDERLINE (Wally Elsissy)

E penso e repenso ...Quantas pessoas deixam de viver sua própria vida em função de outras, tentendo modificá-las ...
Mesmo no amor, é preciso cautelas.Quando deixamos de edificar nossas próprias vidas em função de outrem, próximo ou distante, não importa ... estamos falhando ...
Difícil a tarefa, daquele que assume o papel do cuidador ...
Tudo a seu tempo ...
O dependente terá de dar o primeiro passo, o querer cuidar-se ... e muitas e muitas vezes, tropeçará, com toda a certeza ...
Aquele que carrega nos ombros os deslizes alheios, sofre muito.
É preciso cautelas e buscar também ajuda, para que possa suportar qualquer fracasso ... e tb não se sentir fracassado, tanto quanto ...
Tudo muito complexo ... tudo muito desarmonioso.
LUTAS!
O CO-DEPENDENTE sofre tanto ou mais que o dependente.
Dentro de corajosas lutas e enfrentamentos, não há fórmulas milagrosas ... há sim que se tomar atitudes,conscientes, sóbrias ... e, procurar o equilíbrio emocional.
Sugiro buscas de ajuda: grupos de ajuda,psicólogos, fé ...td aquilo que possa estimular confiança em si e, menos sofrimentos...mais compreensão...harmonia.
É possível, sim!

CUIDADORES,CUIDEM-SE TAMBÉM!!!!

UM DIA DE CADA VEZ!

MUNAM-SE DE CORAGENS!

NEM PENSAR QUE SEJAM ATITUDES EGOÍSTAS!!!
LEI DA SOBREVIVÊNCIA, AMIGOS!

SOBREVIVE-SE E AJUDA-SE ...TD AQUELE, QUE PORVENTURA, PRECISAR.

ANIME-SE!

Só por hoje: AQUILO QUE NÃO PODE SER SOLUCIONADO, SOLUCIONADO ESTÁ!

AMANHÃ????

TODAS AS CHANCES RENOVADAS!
Tata Junq